Fundado em data incerta, no século XIII, por D. Mafalda, Infanta de Portugal, o Convento de Santa Clara foi o local de "nascimento" dos doces conventuais amaran-tinos. Apenas as freiras do convento sabiam as receitas, que têm como ingredientes principais açúcar, ovos, farinha e amêndoas e os lucros da venda dos doces eram utilizados para pagar as despesas da comunidade religiosa. No entanto, como consequência das Invasões Francesas, as clarissas viram-se obrigadas a retirar-se e partilharam as receitas dos doces pelas famílias mais abastadas do concelho, generalizando a sua comercialização.
Confeitaria Lailai
Localizada na rua 31 de Janeiro, a confeitaria Lailai é uma das mais emblemáticas e tradicionais casas de doces de Amarante. Maria Adelaide da Fonseca, conhecida como Lailai, trabalhava no restaurante de seus pais, “Zé da Calçada”, onde começou a confecionar doces que já na época eram muito apreciados.
Contudo, sempre quis abrir uma confeitaria, o que acabou por acontecer a 28 de Março de 1945. Desde a sua abertura que o local é um sucesso, sendo muito admirado por personalidades como Teixeira de Pascoaes (poeta, escritor e filósofo amarantino) e Amélia Rey Colaço (encenadora e atriz portuguesa).
Para além de serem considerados um tesouro da cidade, os doces da Lailai são também conhecidos fora do país, nomeadamente no Brasil, para onde vão tortas de fruta que se podem conservar por vários meses.
Confeitaria da Ponte
A Confeitaria da Ponte é a mais antiga casa de doces regionais de Amarante.
Abriu em abril de 1930, sendo o seu proprietário Rodrigo Moreira Monteiro. Segundo a direção de D. Ana Flores Andrade, começou o fabrico de pão de ló, o que fez com que o estabelecimento se tornasse na confeitaria de referência amarantina na confeção deste doce.
Atualmente, a gerência da casa já vai na 5ª geração, liderada por Joana Machado, que promete continuar a honrar a tradição e continuar a história da confeitaria.
Para saber mais:
acerca dos autores
Esta pesquisa, aqui apresentada, foi realizada pela aluna Ana Medeiros, da turma CSE, do 10º ano de escolaridade, em consequência de atividades desenvolvidas no âmbito da disciplina de História B.